Minha História
Minha paixão pelos cães com certeza, começou na minha infância, nascido e criado no interior de São Paulo aonde as residências em sua grande maioria, possuía quintais enormes, e foi neste período que já me perguntava como era que os cães pensavam, com qual cor enxergavam o mundo.
Admirava como os meus familiares se relacionavam com os seus cães, erámos de uma família com pouca posse, no entanto sempre tinham cães, de portes pequenos e grandes, e na sua grande maioria, sem raça definida. Ninguém nunca teve conhecimento sobre o adestramento de cães, os cães eram criados de forma empírica, mais vale ressaltar que todos os cães, eram criados com muito amor e o vínculo com os seus cães eram muito forte, entre os quais quero citar. Minha bisavó possuía um cão de nome Tinoco, era malhado um cão boiadeiro, que brigava com todos os cães na rua, e acreditem se quiser, subia no ônibus pela porta de trás enquanto minha bisavó, entrava pela porta da frente, minha avó materna, Vó Dada, tinha o malhado, um cão SRD, parecia cruzamento de americano com Pastor alemão, era preto com partes do corpo amarelo, era fantástico o que ele fazia, pois no final de semana quando minha avó saía de casa, trancava ele no quintal, pois ela ia almoçar na casa de seus familiares, e o que acontecia, o cão de nome malhado, pulava a cerca e percorria a casa dos familiares, as vezes em ruas e até bairros distintos a procura de minha avó; com esse comportamento, todos sabíamos que minha avó não estava em casa. Meu tio Jota tinha uma cachorra tipo fox paulistinha, chamava Ximbica, era valente e reativa a galinhas, pegava todas, tenho minhas dúvidas se não foi ensinado. E na minha casa junto com os meus pais tivemos uma cachorra que nos marcou, chamava Ninon, em homenagem ao nome da personagem de uma atriz, na novela. Era um cachorra da raça Fila Brasileiro, veio para casa com menos de 30 dias de vida, pois sua mãe havia gerado 13 filhotes, a mesma nos marcou por toda alegria proporcionada a nós, protegia a mim e as minhas irmãs enquanto meus pais trabalhavam fora, no entanto já com seus 3 anos de idade, um dia de domingo a mesma mordeu a minha irmã, e hoje sabemos que foi por acidente, minha irmã estava montada na cachorra, brincando de cavalo, e sem querer minha irmã, escorregou abraçou o seu pescoço sufocando a cachorra, aonde, para se livrar do incomodo, por reflexo mordeu minha irmã, posteriormente a cachorra foi doada, ficamos com medo. Tudo isso por falta de conhecimento. E foi em meados do ano de 2000, trabalhando em um Órgão da Segurança Pública Estadual, participando na implantação do Canil, nesta Unidade, que passei a receber conhecimento técnico e cientifico, sobre o mundo dos cães, era um dos responsáveis pelos treinamentos, cuidados diversos; tratador, era um mix, treinador, auxiliar de veterinário, cuidador, e nesse período comecei a participar de diversos seminários, Nacionais e Internacionais, aprendendo técnicas de treinamento de cães e conhecimentos da cinotecnia, os cães na sua maioria eram de doação; já chegando muitos com idade adulta, exigindo muito esforço de todos os envolvidos. E já se passaram longos anos, e nesse tempo desenvolvi minhas atividades em outras áreas, e resolvi retomar a minha vivencia com os cães, e notei que tudo mudou, desde as metodologias aplicadas, ferramentas, surgimentos de novas raças, e com isso foi necessário, atualizar o conhecimento, e se adequar ao mundo atual, inclusive aos meios de comunicação, em especial a internet. A relação do ser humano e seus cães, também sofreu mudanças, através das diversas formas de convívio, (familiar, esportes, serviços, funções e tantas outras). E depois desse pequeno relato, acredito que posso dizer que os cães fazem parte da minha vida.
TOBIAS
É um Golden Retriever, tem apenas 18 meses, adora brincar com uma bola, é um cão muito amado e paparicado pelos seus tutores Juliana e Fabrício.
Nosso Método
Antes de falarmos sobre o nosso método, se faz necessário entender que cada cão é um indivíduo único, em razão do seu temperamento sua índole e a potência de seus instintos. Partindo desse entendimento e somente assim é possível estabelecermos qual a melhor maneira de se treinar o seu cão, considere treinar toda e qualquer ação aplicada no programa de treinamento estabelecido. Explico; se pretendemos ter um cão mais obediente iremos ensina-lo primeiramente como obedecer, ensinando assim a palavra não, que para o cão deverá ser entendida como um comportamento que não desejamos, e posteriormente o que obedecer, e surgirá a premiação ou seja o nosso cão será parabenizado por produzir ou manter um comportamento desejado; desse modo estaremos criando uma linguagem através do treinamento, melhorando a comunicação no binômio homem e cão. Portanto não existe um método único para o treinamento de cães, para cada treinamento pretendido, sempre deverá ser observado as aptidões do cão, sua saúde física e mental, as predisposições genéticas de cada indivíduo e de sua raça. Para com isso somado ao perfil de cada proprietário, estabelecermos como será efetuado o treinamento. Tipo um cão com temperamentos fortes, devemos deixar claro ao seu proprietário, que a relação de convívio com o seu cão, sempre deverá ser feita com uma liderança mais efetiva e bem pontuada pelo seu tutor; com um cão de temperamento mais baixo, a liderança deve ser mais equilibrada, mais branda e bem pontuada, para não criarmos uma relação por submissão. Sobre a metodologia e ferramentas aplicadas, elas também devem ser pensadas para cada indivíduo e necessidades de seus proprietários, não é possível treinar todos os cães utilizando somente petiscos e brinquedos, as ferramentas (coleiras, guias, peitorais, etc..), também devem ser pensadas para cada cão e para as necessidades de seus proprietários.